Novembro Azul: Pets também não estão livres do câncer de próstata
 

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Novembro Azul: Pets também não estão livres do câncer de próstata

25 / Novembro / 2022

O câncer de próstata em cães e gatos é relativamente raro, quando comparado aos homens, mas segundo médicos veterinários, todo cuidado é pouco. O tipo de câncer de próstata mais comum é o adenocarcinoma, que costuma ser agressivo e metastático.

 

Por ser uma doença silenciosa, na maioria dos casos os pacientes já são diagnosticados em estágios avançados da doença. Os carcinomas prostáticos costumam acometer mais cães do que gatos e, em geral, animais de meia idade a idosos e castrados. Os principais locais de metástase são linfonodos, pulmões e ossos, mas também pode evoluir para os demais órgãos.

 

Tutora da Liga Acadêmica de Oncologia do Centro Médico Veterinário (CMV), vinculado ao curso de Medicina Veterinária da Universidade Potiguar (UnP), em Natal, Carol Maia explica que a relação da castração com o desenvolvimento de câncer de próstata ainda é um pouco controversa.

 

“Alguns estudos relatam aumento da chance do desenvolvimento de câncer de próstata em animais castrados, mas não se sabe especificamente se é uma causa direta ou indireta, devido ao aumento da sobrevida média em animais castrados”.

 

“Quanto maior a expectativa de vida, mais aquele animal pode ser exposto a fatores carcinogênicos. Em contrapartida, a castração pode prevenir também a hiperplasia prostática benigna cística, afecção muito comum em cães adultos e não castrados”, acrescenta a médica veterinária.

 

Sintomas

Os sintomas desse tipo de câncer só costumam aparecer quando a próstata ou o tumor já cresceu o suficiente para causar compressão ou obstrução das vias urinárias e intestino grosso.

 

“Os principais sintomas são gotejamento de sangue pelo pênis, dificuldade e dor ao urinar, dificuldade em defecar, dor abdominal e infecções urinárias recorrentes, além de apatia, fraqueza e perda de apetite”, cita Carol.

 

Assim como em humanos, o tratamento tem como base a cirurgia e, posteriormente, a quimioterapia, quando necessário. O mais importante é o diagnóstico precoce, que pode ser efetuado através de consultas periódicas.

 

É durante as consultas que o médico veterinário pode identificar alterações em palpação abdominal e toque retal, além de exames de imagem como ultrassonografia abdominal, que costuma ser sensível para identificar a doença em fases mais iniciais.

 

“Se você tem um cão macho adulto, seja ele castrado ou não, desenvolva o hábito de fazer consultas periódicas para que qualquer afecção possa ser identificada antes que seja tarde. No caso do câncer de próstata, é uma corrida contra o tempo, já que ele é agressivo e invasivo. E se o seu cão já tiver algum desses sinais, procure o seu veterinário de confiança e faça uma consulta para que isso possa ser investigado”, apela a médica veterinária, Carol Maia.