Biomassas com caju e jerimum
 

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Biomassas com caju e jerimum

6 / Agosto / 2018

Pesquisadores potiguares patentearam biomassas desenvolvidas a partir de rejeitos do caju e do jerimum a partir das quais poderão ser produzidos aditivos antioxidantes, alimentos com ação nutritiva, e ainda, novos fitomedicamentos. O trabalho é fruto de projetos desenvolvidos por alunos do Curso de Nutrição e do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGB) da UnP que culminaram no depósito de três patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Por meio da nanobiotecnologia, é feito o reaproveitamento desses alimentos. O interesse em desenvolver projetos nessa linha abrange um contingente nacional, pois mediante os resultados encontrados, são produzidas novas matérias da indústria alimentícia. Esses materiais podem ser comercializados e assim contribuir para um ambiente economicamente sustentável.

A partir das sementes e casca do jerimum, as então graduadas em Nutrição, Amélia Elislândia Gomes Guedes e Lígia Almeida e Albuquerque Melo, geraram a primeira produtividade de Propriedade Industrial (PI) do Curso da UnP. O trabalho, se desdobrou em uma nova pesquisa do PPGB-UnP com o bagaço do caju para produção de novos nanobioprodutos alimentícios. O trabalho de Graduação foi orientado pela Profa. Dra. Maria Aparecida Maciel e o Prof. Leonardo Araújo que se tornaram, respectivamente, orientadora e autor da pesquisa da Pós-Graduação.

Nesta parceria, encontra-se também a Profa. Dra. Heryka Ramalho que estuda biomassas nutricionais, com destaque à nível de graduação, para o TCC da então graduada Kalline Alves de Araújo.

Segundo a equipe de pesquisadores, rejeitos orgânicos precisam ser aproveitados, pois a medida que são descartados no ambiente sua decomposição podem agredir a natureza. Portanto, reutilizá-los, além de servir de nova fonte de nutrientes, vai preservar o meio ambiente. A escolha do caju e jerimum também tem sua explicação: “ambos os frutos são regionais e possuem potencial nutricional. O cajueiro, por exemplo, tem uma grande produção de rejeito do bagaço do caju em função da venda de sucos, doces e castanha”, explica a Profa. Dra. Maria Aparecida M. Maciel, responsável pela orientação de pesquisas desenvolvidas com rejeitos orgânicos, na Pós-Graduação (PPGB-UnP), bem como a nível de Graduação.

PRÊMIOS
Os trabalhos, juntamente com outros projetos desenvolvidos com recursos naturais, trouxeram para Profa. Aparecida uma posição no Top 100 Scientists 2018, iniciativa da International Biographical Centre, em Cambridge, Inglaterra. “Esse resultado é do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da UnP, que tem como função capacitar e incentivar os alunos, expandindo assim seus conhecimentos científicos e as oportunidades de atuação na área biotecnológica”, afirma a docente.

Eficiência e parcerias são uma boa causa para superar os desafios e a ação de todos os envolvidos no programa deslancha conquistas e cresce no âmbito nacional e internacional. Atualmente, o PPGB já possui mais de 30 pedidos de depósitos de patentes e publicações em revistas nacionais e internacionais.