Proteja seu cérebro: Especialista da UnP revela os melhores hábitos para a saúde neurológica
 

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Proteja seu cérebro: Especialista da UnP revela os melhores hábitos para a saúde neurológica

15 / Agosto / 2023

 

Segundo a neurologista Cintia Melo, a mudança de hábito precisa ser encorajada para que as pessoas tenham uma vida plena e saudável

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com alguma doença neurológica: Alzheimer, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Aneurisma, Esclerose Múltipla, entre outras. De acordo com a Neurologista e professora de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), Cintia Melo, a saúde neurológica é um aspecto fundamental da qualidade de vida e bem-estar geral.

 

Isso explica porque o cérebro é o centro de controle de todas as funções do nosso corpo, desde os processos mais básicos, como a respiração e a frequência cardíaca, até as atividades mais complexas, como o pensamento, a memória e as emoções.

 

Pensando nisso, ela orienta sobre a importância de cuidar desse órgão vital para garantir uma vida plena e saudável. “A mudança de hábitos deve ser encorajada sempre e é uma forma de aumentar o seu bem-estar, sua qualidade de vida e sua longevidade. Além de buscar estimular a mente e adotar técnicas simples para melhorar a memória, outros pontos precisam ser levados em consideração”, sinaliza a especialista.

 

Alimentação balanceada

Alguns tipos de alimentos podem ajudar a reduzir o risco de demência e outras doenças neurológicas e aumentar a sua capacidade mental. Existem vários estudos avaliando a relação entre a alimentação e saúde mental e cerebral orientando que, além de manter uma dieta equilibrada, devemos incluir uma alimentação saudável, que inclui: frutas, hortaliças, grãos integrais, leguminosas, gordura e proteína de boa qualidade e associado a prática de exercícios físicos.

 

Exercícios físicos

Prática regular de atividade física é importante para o combater as principais doenças neurológicas. As vantagens começam com a elevação dos níveis de oxigenação e do fluxo sanguíneo no corpo, além da melhora do funcionamento da memória e da concentração, bem como a prevenção das doenças cerebrovasculares.

 

Alguns estudos já sugerem que as mudanças podem ser ainda maiores, alterando a própria estrutura do órgão ao incentivar a neurogênese (formação de neurônios). Quando praticamos atividades aeróbicas (caminhada, dança, esportes), há liberação do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), uma proteína que estimula a formação de novos neurônios e está diretamente relacionada ao aprendizado, por isso pode favorecer funções cognitivas.

 

Sono regular

Dormir bem é um hábito que deve ser incluído na rotina de todos, pois é capaz de melhorar a disposição para executar as atividades do dia a dia, além de proporcionar diversos benefícios à saúde, fortalecendo o sistema imunológico, consolidando a memória e liberando a produção de alguns hormônios.

 

Uma insônia não tratada pode causar problemas de saúde, diminuir a expectativa de vida e aumentar as chances de desenvolver doenças como obesidade, diabetes, hipertensão, alterações imunológicas, e transtornos mentais. Alguns hábitos podem ser adotados para ajudar a melhorar o sono, como ambiente escuro e silencioso, evitar tarefas mais extenuantes algumas horas antes de dormir, evitar café, canela e excesso de açúcar no início da noite, evitar o uso de telas próximo ao horário de dormir, ter uma rotina.

 

Redução do estresse

Níveis elevados de estresse podem piorar quadros de doenças cardio e cerebrovasculares e doenças psiquiátricas. Durante um episódio de estresse há um aumento na produção e liberação de adrenalina e cortisol, e se os agentes estressores forem constantes e persistentes, a produção excessiva desses hormônios pode ser prejudicial a vários órgãos, inclusive ao cérebro. Alguns estudos já apontam que a exposição prolongada a fatores estressantes provocam mudanças químicas e estruturais em diversas regiões cerebrais.

 

O estresse crônico acelera o processo de envelhecimento, promovendo a liberação de radicais livres no organismo, que por sua vez causam danos às células e aos tecidos. Algumas formas de reduzir o estresse são: organize-se; reconheça seus limites; cuide de sua saúde; permita-se fazer o que gosta; aceite errar; evite a automedicação; seja sociável; mantenha-se em contato com as pessoas; busque relaxar no dia a dia.