NESTE SÁBADO (20): Projeto ‘Se Essa Rua Fosse Minha’ restaura mangue com plantio de mudas e coleta de lixo na Grande Natal
 

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NESTE SÁBADO (20): Projeto ‘Se Essa Rua Fosse Minha’ restaura mangue com plantio de mudas e coleta de lixo na Grande Natal

15 / Abril / 2024

Evento deve atrair mais de 100 voluntários, entre crianças e estudantes de Biologia da UnP, para preservar e valorizar as raízes locais

Na busca pela preservação ambiental e promoção da sustentabilidade, uma iniciativa inovadora tem ganhado destaque na Grande Natal. É o “Se Essa Rua Fosse Minha”, projeto que, neste sábado (20), ganha mais uma edição ao promover plantio de mudas, coleta de lixo em manguezal e outras atividades na Praia de Barra do Rio, em Extremoz.

Em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), a programação acontece das 8h às 10h30 e das 13h30 às 16h, movimentando mais de 100 voluntários.

São crianças e adolescentes da comunidade praial, além de profissionais do Corpo de Bombeiros de Natal e estudantes de Ciências Biológicas da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima.

“Esse tipo de atitude é extremamente importante para encarar as ameaças enfrentadas pelos manguezais da região. Além de serem berçários naturais para diversas espécies marinhas e de protegerem as costas da erosão, os manguezais desempenham um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas. Eles armazenam grandes quantidades de carbono, ajudando a reduzir os níveis de dióxido de carbono na atmosfera e a combater o aquecimento global”, explica o docente da UnP, Paulo Gerson.

Programação

Pela manhã, das 8h às 10h30, será realizado o plantio de mudas de mangue vermelho, recolhimento de resíduos sólidos e orientações de atendimento pré-hospitalar.

À tarde, das 13h30 às 16h, além de orientações de atendimento pré-hospitalar, os participantes contarão com aula de campo em área remanescente de Mata Atlântica em Barra do Rio. Esta atividade incluirá treinamento de habilidades na percepção ambiental quanto a cheiros, odores e sensações térmicas para identificação de plantas e animais em área de floresta.

“O projeto ‘Se Essa Rua Fosse Minha’ é uma resposta proativa aos desafios do mundo contemporâneo. Ele representa um passo significativo em nossos esforços de engajamento para preservar e valorizar as raízes locais. Através de ações concretas como esta, estabelecemos as bases para uma preservação ambiental genuína e asseguramos a continuidade da vida em nosso planeta”, afirma o diretor da UnP, Guilherme Guerra.

Além da UnP, a iniciativa tem apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio Grande do Norte em Natal, da Prefeitura Municipal de Extremoz, Secretaria Municipal de Educação, por meio da Escola Municipal Isaías Lopes, Cooperativa dos Balseiros de Barra do Rio e Dromedunas Turismo.

Resultados alcançados

O projeto ‘Se Essa Rua Fosse Minha’ existe desde 2005 e foi idealizado pelo educador ambiental e professor da UnP, Paulo Gerson. Sua motivação é enraizada em seu compromisso como membro de Barra do Rio e em sua consciência sobre a importância da educação ambiental.

“Percebi a urgência de fomentar a sustentabilidade dentro do nosso distrito, estimulando o respeito e a preservação dos elementos naturais entre meus vizinhos, de modo que eles reconheçam a importância do lugar em que vivem”, conta.

“Uma realização marcante do projeto foi a transformação do nome da nossa comunidade de Paraíso para Mata Verde, uma mudança que simboliza nosso compromisso renovado com a preservação ambiental e o apreço pela natureza. Além disso, arborizamos ruas, com o plantio de ipês do tipo amarelo, jambeiros e paus-brasil, enriquecendo ainda mais o nosso ambiente urbano”, acrescenta o educador ambiental.

A iniciativa também já acumula outras diversas conquistas, entre elas, a restauração de áreas degradadas no manguezal do Rio Ceará-Mirim, em parceria com os futuros biólogos, com o plantio de 10 mil mudas de Ryzophora mangle (mangue vermelho). Segundo o docente, as árvores estão com quatro metros de altura, em média, e com a presença da fauna típica.

O projeto também é conhecido por participar anualmente do Dia Mundial da Limpeza nas Praias, realizar quinzenalmente mutirões de limpeza; promover aulas de campo; viabilizar oficinas de artesanato, pintura, contações de histórias; entre outras atividades.