A doutoranda Luzia Clara de Menezes, aluna do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB/UnP), sob orientação do docente pesquisador e médico ginecologista obstetra, Dr. Ricardo Ney Cobucci, e com apoio da equipe da professora Dra. Anna Giselle Dantas Ribeiro Rodrigues do Instituto Metrópole Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IMD/UFRN), desenvolveu o “Sistema DOAMA” para melhoria de processos em bancos de leite humano.

Luzia é enfermeira e constata diariamente a dificuldade para doação e processamento de leite humano nos bancos das maternidades onde trabalha, o que resulta em constantes baixos estoques de leite. Dessa forma, propôs a criação de um programa de computador que facilite o contato de doadores com os bancos, permita georreferenciamento para coleta domiciliar e mapeie todo o processo de preparo do leite humano, desde a chegada ao banco até a saída para ser utilizado com segurança.

A proposta inova, pois existem alguns programas e aplicativos criados para utilização em banco de leite, mas nenhum com a capacidade de melhorar coleta e mapear os processos, permitindo que usuários saibam se o leite doado foi aproveitado, ou descartado por algum critério que impeça seu uso.

O Sistema DOAMA teve o registro aprovado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, BR512024004813-8. Participaram no desenvolvimento também o médico Adson Vale, doutorando do PPGB/UnP, a fisioterapeuta Maria Thereza Albuquerque Barbosa Cabral Micussi, docente do departamento de fisioterapia da UFRN, o professor Isaac Franco Fernandes, IMD/UFRN, além dos alunos de graduação das áreas da saúde, TI e residentes de medicina.

O programa está em fase final de testes e em 2025 será disponibilizado para um banco de leite de maternidade pública para avaliação de usabilidade pelos doadores e funcionários do banco. Os resultados esperados são aumento de doação de leite, diminuição de descarte por falhas na coleta e no processamento e maior envolvimento dos doadores com os bancos.